Se você nos acompanha diariamente, você sabe que postamos sempre imagens de nebulosas e galáxias que estão a milhões de anos-luz de distância. Um único ano-luz é equivalente a 9.460.730.472.580,8 km – o que realmente é muito difícil para a mente humana imaginar. Agora imagina uma estrela a 100 anos-luz, o número é exorbitante quando convertemos para KM.
Os astrônomos desenvolveram várias técnicas para calcular essas distâncias. O mais famoso deles é o Paralaxe, que envolve um efeito visual produzido quando, à medida que um observador se move, objetos próximos parecem mudar a posição em relação a objetos mais distantes.
Não entendeu? Faça esse experimento: Coloque seu dedo indicador na sua linha de visão, estique seu braço. Agora feche um de seus olhos, foque no seu dedo e depois olhe o fundo. Agora feche e abra rapidamente o olho esquerdo e direito, assim você vai notar uma diferença no fundo quando você olha por olhos diferentes.
À medida que a Terra orbita o Sol, os astrônomos usam esse mesmo princípio de diferença para determinar a distância das estrelas próximas. Assim como a ponta do seu dedo, as estrelas que estão mais perto de nós mudam de posição em relação a estrelas mais distantes. Ao medir cuidadosamente o ângulo através do qual as estrelas parecem se mover ao longo do ano, e sabendo até que ponto a Terra se moveu, os astrônomos podem usar a geometria para calcular a distância da estrela.

Para galáxias mais distantes a coisa é um pouco diferente e mais complexa. Os astrônomos usam as supernovas. A taxa em que uma certa classe de supernovas iluminam e desaparecem revelam seus verdadeiros brilhos, que então podem ser usados para calcular suas distâncias. Mas esta técnica também requer uma boa calibração usando paralaxe. Sem conhecer as distâncias precisas para algumas supernovas, não há como determinar seu brilho absoluto, então a técnica não funcionaria. [StarDate e NASA]
Nordestino arretado, um grande amante da astronomia e divulgador científico há quase uma década. Sou o criador do projeto Mistérios do Espaço e dedico meu tempo a tornar a astronomia mais acessível.