A NASA anunciou que um “vazamento lento” foi detectado a bordo da Estação Espacial Internacional – mas não há motivo para alarme para os astronautas a bordo. O vazamento foi divulgado ontem à noite às 19h (horário de Brasília), quando os controladores da missão notaram uma redução na pressão na estação. Os astronautas foram autorizados a permanecer dormindo como a perda de pressão foi pequena, observou a NASA.
De manhã, a equipe trabalhou com o controle da missão para tentar localizar o vazamento. Agora parece que está vindo do módulo orbital de uma das naves espaciais Soyuz ancoradas a bordo da estação espacial. “A tripulação está saudável e segura com semanas de ar nas reservas da Estação Espacial Internacional”, disse a Nasa em um comunicado.
E no Twitter eles notaram que a tripulação “não estava em perigo e está trabalhando ativamente nos procedimentos de solução do problema”.
O buraco provavelmente foi criado por algum tipo de micrometeoróide que atingiu a ISS, embora a causa exata ainda não seja conhecida. É um buraco muito pequeno; se continuasse vazando, a estação não ficaria sem ar por 18 dias. Também parece que o buraco não é grande o suficiente para causar qualquer problema com a nave espacial Soyuz MS-09, já que será usada para devolver três tripulantes à Terra em alguns meses.
Eventos de despressurização como este na ISS são motivo de preocupação, de fato. Se uma peça de detrito for encontrada na área geral da Estação Espacial Internacional, a tripulação entrará na espaçonave ancorada e se preparará para evacuar se a estação estiver seriamente danificada. Embora isso tenha acontecido várias vezes, a evacuação nunca foi necessária – até o momento.
Por outro lado, pequenos pedaços de detritos como os micrometeoróides são um grande problema, já que seu pequeno tamanho (normalmente menor que 2 milímetros) significa que eles não podem ser rastreados. Portanto, há sempre o risco de eles atingirem a estação e causarem problemas como esse. [IFLS]
Divulgador científico há pelo menos 6 anos, dedica seu tempo a tornar a astronomia mais popular entre o público leigo, constantemente traduzindo, escrevendo e adaptando matérias com abordagem didática para o projeto Mistérios do Espaço. É natural da cidade de Conceição do Coité e está graduando em Comunicação Social, pela Universidade do Estado da Bahia.