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Fenômeno poderá ser visto por três dias no céu

Você já deve ter visto a Lua, Marte, Vênus ou Júpiter em conjunção no céu. Mas se você não faz ideia do que esse termo significa, na astronomia, é basicamente para designar o momento em que dois ou mais astros parecem estar próximos um do outro céu da Terra. Na próxima sexta-feira (31/08), sábado (01/09) e domingo (02/09) acontecerá exatamente isso, uma conjunção envolvendo uma estrela e um planeta.

Simulação do evento.

Os astros são Spica e Vênus e estarão muito próximos um do outro ao final da tarde. A estrela é a 15° mais brilhante do céu noturno, com uma magnitude de 0.95 (quando menor o número, mais brilhante). Está localizada a 250 anos-luz da Terra, e, na verdade, é um sistema binário – ou seja, são duas estrelas, mas pela distâncias vemos apenas uma. É 11 vezes mais massiva que o Sol e brilha 1000 vezes mais. Na bandeira do Brasil, Spica representa o estado do Pará.

Vênus, que estará ao lado, é o planeta mais quente do sistema solar, apesar de ser o segundo na ordem. Por causa de sua atmosfera muito densa, o calor do Sol que entra, não sai e assim causa um efeito estufa descontrolado, deixando o nosso vizinho planetário com 460°C – mais quente que Mercúrio. Ele brilha tanto no céu por causa de suas nuvens também, já que elas são altamente reflexivas.

Uma simples conjunção pode ser muito interessante. E sendo assim, a partir do dia 31, quando você olhar na direção oeste e ver os dois astros, lembre-se que eles parecem estar próximos no céu, mas uma distância de 250 anos-luz separa os dois – isso quer que na velocidade da luz, demoraria 250 anos para chegar na estrela. Você não precisará de nenhum equipamento para observar o evento, mas se você tiver um telescópio, é bom momento para colocá-lo para fora de casa e ver o cosmos. Lembre-se que depois de domingo os dois astros vão começar a se distanciar no céu, perdendo a configuração que estavam formando.

Boas observações!

Alexsandro Mota

Nordestino, um grande amante da astronomia e divulgador científico há quase uma década. Sou o criador do projeto Mistérios do Espaço e dedico meu tempo a tornar a astronomia mais acessível.