A nova imagem da Galáxia do Triângulo – também conhecida como Messier 33 ou NGC 598 – têm impressionantes 665 milhões de pixels e mostra a região central da galáxia e seus braços espirais internos. Para juntar este gigantesco mosaico, a Advanced Camera for Surveys do Hubble precisou criar 54 imagens separadas, registrando mais de 15 milhões de estrelas individuais.
Localizada a três milhões de anos-luz da Terra, a Galáxia do Triângulo é um membro do Grupo Local – o mesmo onde a Via Láctea se encontra. É a terceira maior galáxia do grupo, mas também a menor galáxia espiral do aglomerado. Mede apenas cerca de 60.000 anos-luz, em comparação com os 100.000 anos-luz de diâmetro da nossa. Sob excelentes condições de céu escuro, a galáxia pode ser vista a olho nu como um objeto fraco e embaçado na constelação do Triângulo.
A galáxia contém uma enorme quantidade de gás e poeira, dando origem à rápida formação de estrelas. Essa abundância de nuvens de gás na Galáxia do Triângulo é precisamente o que atraiu os astrônomos para registrarem essa imagem impressionante.
Quando as estrelas nascem, elas usam material nessas nuvens de gás e poeira, deixando menos combustível para novas estrelas surgirem. A imagem do Hubble mostra duas das quatro nuvens mais brilhantes dessas regiões na galáxia: a NGC 595 e NGC 604. Esta última é a segunda região mais luminosa de hidrogênio ionizado dentro do Grupo Local e também está entre as maiores regiões de formação de estrelas conhecidas no Grupo Local.
Estas observações detalhadas da Galáxia do Triângulo têm um tremendo valor científico – combinadas com as imagens da Via Láctea, da Galáxia de Andrômeda e das galáxias irregulares da Nuvem de Magalhães, ajudarão os astrônomos a entender melhor a formação estelar como um todo. [ESA]
A imagem em alta resolução pode ser vista através desta página. Utilize a ferramenta de zoom e visualize as milhares de estrelas da galáxia.