Localizado a 150 milhões de quilômetros de distância, o Sol é imponente o suficiente para iluminar cada centímetro quadrado do nosso planeta. Agora, um telescópio capturou as fotos mais próximas do Sol da história.
A cada segundo, o Sol converte algo na ordem de alguns milhões de toneladas de matéria em energia. Essa energia é liberada na forma de luz e calor e, graças aos processos de fusão nuclear em seu interior, ela é a fonte de luz que nunca falhou por bilhões de anos, chegando à Terra.
Hoje em dia, uma sonda espacial se arrisca ao se aproximar alguns milhões de quilômetros da superfície solar, mas mesmo assim não podemos nos aproximar demais. Nesse contexto, um poderoso telescópio localizado no complexo de observatórios Haleakala, no Havaí, entra em cena. O telescópio solar, chamado de Telescópio Solar Daniel Inouye, é o maior e mais avançado do planeta.
O incrível poder do telescópio
O telescópio é fantástico e consegue obter resoluções de estruturas na superfície da estrela tão pequenas quanto 20 quilômetros de diâmetro. Pode parecer muita coisa, mas o Sol tem mais de 1 milhão e 300 mil quilômetros de diâmetro e está localizado a 150 milhões de quilômetros da Terra.
Por exemplo, nessas imagens que estamos vendo acima e abaixo, podemos observar estruturas que os astrônomos denominam de grânulos, que consistem em células convectivas de plasma borbulhando no Sol.
Pois bem, cada estrutura nessas imagens pode medir o tamanho do estado do Amazonas e são elas responsáveis por todo processo convectivo da estrela. De acordo com National Science Foundation, a instituição financiadora do telescópio, essas são as imagens mais nítidas do Sol já feitas na história da astronomia.
É importante lembrar que o Sol não é composto de uma superfície sólida, mas sim de um estado da matéria conhecido como plasma. Basicamente, o plasma se assemelha a um gás, mas está tão quente que os elétrons ficam livres. De qualquer forma, seria impossível pisar na superfície do Sol, pois não há onde pisar. Nas imagens do telescópio Inouye, as células convectivas são responsáveis por trazer o calor do interior para fora.
Essas imagens sensacionais da superfície da estrela capturadas a 150 milhões de quilômetros de distância mostram o poder do equipamento. Poderemos então usá-lo para entendermos cada vez mais sobre a natureza misteriosa da nossa estrela.