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Sinais de outra galáxia estão vindo em nossa direção

A Terra está sendo bombardeada com uma luz invisível que ninguém entende. Conhecidos como rajadas de rádio rápidas (ou FRBs), esses pulsos ultra-curtos e ultrapoderosos de energia são os flashes mais brilhantes do universo que você não consegue ver. Eles viajam bilhões de anos-luz através do tempo e do espaço, brilham com a intensidade de quase 100 sóis e desaparecem em apenas alguns milissegundos depois de alcançar os telescópios terrestres.

Ninguém sabe ao certo o que são. Mas enquanto apenas cerca de 30 FRBs foram detectados desde sua descoberta inicial em 2007, os astrônomos acreditam que eles podem ser um fenômeno quase constante que a tecnologia moderna não está equipada para capturar por completo.

A impressão de um artista do radiotelescópio detectando uma explosão de rádio rápida (FRB)

Essa ideia foi fortificada no dia 10 de outubro, em um novo estudo publicado na revista Nature acrescentando evidências graças a um telescópio de alta tecnologia na Austrália. “Nós encontramos 20 emissões de rádios rápidas em um ano, quase dobrando o número detectado em todo o mundo desde que foram descobertas em 2007”, disse Ryan Shannon, astrônomo da Universidade de Tecnologia de Swinburne e Centro Internacional de Pesquisa em Radioastronomia (ICRAR), na Austrália.

Depois de registrar as 20 novas FRBs, os cientistas também puderam estimar a distância percorrida por cada pulso de luz. À medida que as FRBs avançam pelo universo, elas passam por nuvens de poeira e gás intergalácticos que diminuem e estendem a forma de onda de luz. Em outras palavras, quanto maior a extensão dos comprimentos de onda em um dado pulso, maior a probabilidade de que esse pulso tenha percorrido um enorme trecho do universo – talvez vários bilhões de anos-luz – antes de finalmente colidir com a Terra.

Um estudo mais aprofundado dessas explosões invisíveis de luz durar um bom tempo para completar nosso mapa do universo conhecido. Então, vamos esperar para saber se as FRBs são de fato causadas por naves alienígenas superinteligentes ou por algum fenômeno natural do cosmos – sendo a último opção mais provável. [LiveScience]

Alexsandro Mota

Nordestino, um grande amante da astronomia e divulgador científico há quase uma década. Sou o criador do projeto Mistérios do Espaço e dedico meu tempo a tornar a astronomia mais acessível.