A Breakthrough Listen Initiative finalmente vai começar seu conjunto mais abrangente de observações e ouvir milhões de estrelas no disco e na protuberância da galáxia, com a esperança de descobrir sinais pertencentes a uma civilização alienígena.
A pesquisa levará 60 dias e será realizada com o Telescópio de Rádio CSIRO Parkes em New South Wales, Austrália. Antes, só podia estudar um único lugar no céu de cada vez. Agora, tem 13 feixes. Isso significa que o telescópio pode escanear o cosmos mais rapidamente.
“Com esses novos recursos, estamos analisando nossa galáxia com detalhes sem precedentes”, disse Danny Price, cientista do projeto Parkes. “Ao vasculhar esses enormes conjuntos de dados em busca de assinaturas de civilizações tecnológicas, esperamos descobrir evidências de que nosso planeta, entre as centenas de bilhões de nossa galáxia, não é o único onde a vida inteligente surgiu”, concluiu ele.
A nova instrumentação digital permitirá a transmissão de informações do telescópio a 130 gigabits por segundo, o que representa cerca de 1.000 vezes a largura de banda de uma conexão rápida à Internet. E a velocidade é necessária, pois as 1.500 horas de observações produzirão cerca de 100 petabytes de dados, aproximadamente a quantidade de dados que o Facebook armazenou em 2012.
A atualização também oferece uma maneira mais rápida de se livrar de sinais artificiais feitos pelo homem. Interferências de radiofrequência geradas por pessoas podem vir de uma variedade de fontes, incluindo satélites, aviões, telefones celulares e, às vezes, fornos de microondas. Agora, o sistema pode rejeitar melhor esses sinais.
A nova pesquisa também examinará os sinais além da Via Láctea. Haverá observações de 100 galáxias próximas, bem como, mais esperançosamente, detecções das rajadas de rádio rápidas e misteriosas vindas do universo distante. [IFLS]
