A expansão do Universo é um fato bem conhecido e demonstrável, mas a rapidez com que se expande se tornou um tema de debate nos últimos anos.
De acordo com o modelo cosmológico padrão, a taxa de expansão do Universo é constante, conhecida como “a constante de Hubble“. Um estudo no ano passado desafiou isso, alegando que a taxa realmente mudou ao longo dos anos e agora é até 8% maior do que no passado.
O estudo do ano passado determinou que a taxa de aceleração da constante de Hubble é de 73,2 km/s por megaparsec (MPC), maior do que o valor atualmente aceito de 67,8 km/s/MPC.

Uma série de artigos publicados nas Notícias Mensais da Royal Astronomical Society considera que o valor é de 71,2 km/s/MPC, que suporta uma mudança ao longo do tempo da constante de Hubble. A observação foi realizada por um grupo de astrônomos que usaram o Telescópio Espacial Hubble para ver como as galáxias maciças dobram o espaço-tempo, atuando como lentes gravitacionais.
Esses objetos dobram a luz de quasares muito distantes, mas às vezes, devido à sua forma, a luz leva caminhos mais longos e chegam a nós com um atraso. E é neste atraso que os astrônomos têm procurado mudanças na constante de Hubble.
“Nosso método é a forma mais simples e direta de medir a constante do Hubble, pois utiliza apenas a geometria e a Relatividade Geral, sem outras suposições.“, explica o co-líder da equipe da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL, na sigla inglesa) em um comunicado.
A constante de Hubble é um componente chave na nossa compreensão do Universo, por isso é importante que obtenhamos um valor preciso para ele, e se está mudando precisamos saber como e por quanto. A nova pesquisa atinge uma precisão sobre o valor de 3,8 porcento.
O resultado está em desacordo com o satélite Planck da ESA, mas a equipe quer esclarecer que Planck observou início do Universo enquanto o novo estudo observa o Universo hoje. [IFLS].