O Universo é um lugar maravilhoso, cheio de um vasto número de planetas para explorar, mistérios não resolvidos e muita cosia que nem conseguimos imaginar corretamente. Mas há uma coisa que o espaço realmente não é: alto. Sem as moléculas de ar da Terra para ajudá-lo a ouvir, lá fora, no espaço, você estaria ouvindo um monte de silêncio.
Felizmente, isso não impediu a NASA de descobrir uma maneira de produzir som na ausência de ar no espaço – “sonificando” a imagem acima tirada pelo Telescópio Espacial Hubble. A imagem que a NASA usou para este projeto foi obtida pelas Advanced Camera for Surveys e Wide-Field Camera 3 do Hubble em agosto do ano passado.
Os pesquisadores que trabalham com o Hubble chamam a imagem de “baú do tesouro galáctico” por causa do número de galáxias espalhadas por ela. “Cada mancha visível de uma galáxia é o lar de inúmeras estrelas”, explica a NASA sobre a imagem. “Algumas estrelas mais perto de nós brilham intensamente em primeiro plano, enquanto um imenso aglomerado de galáxias se aninha no centro da imagem; uma imensa coleção de talvez milhares de galáxias, todas mantidas juntas pela implacável força da gravidade”, continuou.
Mas, por mais bela que seja essa imagem, ela acabou de chegou a esse novo nível, uma vez transformada em uma composição musical incrivelmente sinistra e bela. A equipe que criou a imagem sonificada explica que os diferentes locais e elementos da imagem produzem sons diferentes. Estrelas e galáxias compactas são representadas por sons curtos e claros, enquanto as galáxias em espiral emitem notas mais complexas e longas.
“O tempo flui da esquerda para a direita e a frequência do som muda de baixo para cima, variando de 30 a 1.000 hertz”, explica a NASA. “Objetos perto da parte inferior da imagem produzem notas mais baixas, enquanto aqueles próximos ao topo produzem notas mais altas”, disse a agência. Então, agora, você tem uma maneira totalmente nova de desfrutar do Universo. [ScienceAlert]
Divulgador científico há pelo menos 6 anos, dedica seu tempo a tornar a astronomia mais popular entre o público leigo, constantemente traduzindo, escrevendo e adaptando matérias com abordagem didática para o projeto Mistérios do Espaço. É natural da cidade de Conceição do Coité e está graduando em Comunicação Social, pela Universidade do Estado da Bahia.