A sonda OSIRIS-REx da NASA chegou ao asteroide 101955 Bennu depois de dois longos anos e começou a revelar as características intrigantes deste pequeno mundo. Uma das descobertas mais interessantes é a presença de oxigênio e hidrogênio ligados juntos em materiais na superfície – fortes evidências de que o asteroide se formou na presença de água.
Os pesquisadores suspeitam que as moléculas de oxigênio-hidrogênio (conhecidas como hidroxilas) possam existir em todo o Bennu, encontradas em minerais argilosos, que só teriam se formado na presença de água. Bennu é pequeno demais para ter hospedado água líquida, então os minerais de argila devem ter origem em outros lugares. Possivelmente um asteroide muito maior.
“Essa descoberta pode fornecer uma ligação importante entre o que achamos que aconteceu no espaço com asteroides como Bennu e o que vemos nos meteoritos que os cientistas estudam no laboratório”, disse Ellen Howell, pesquisadora sênior do Laboratório Lunar e Planetário da Universidade da Califórnia.
A missão do OSIRIS-REx não é exclusivamente para estudar o Bennu à distância. A espaçonave vai coletar uma amostra do asteroide e trazê-la de volta à Terra em 2023. Esse primeiro conjunto de dados ajudará a informar os pesquisadores sobre as estruturas na superfície do asteroide. A equipe terá que estudar Bennu em detalhes para encontrar o melhor lugar para a espaçonave voar e coletar uma amostra. Na verdade, ele não estará pousando, apenas se aproximará da superfície onde irá estender um braço robótico e coletar o material.
Todas essas análises ajudarão os cientistas planetários a entender melhor os anos de formação do Sistema Solar e, felizmente, tudo está indo bem até agora.
A espaçonave está atualmente examinando Bennu a uma distância de 7 quilômetros a partir da qual se aproximará em 31 de dezembro, quando a OSIRIS-REx entrar em sua fase orbital. Nesse ponto, a espaçonave estará estabelecendo o recorde para o menor objeto já orbitado em uma órbita próxima a menos de 2 km. [IFLS]
