Cassini é um robô do tamanho de um ônibus, lançado em direção ao planeta em 1997. Levou sete anos para chegar a Saturno e, desde a chegada da sonda, registrou mais de 450 mil fotos. No entanto, a sonda passou a ser um perigo para qualquer vestígio de vida nas luas de Saturno, e se tornará um meteoro artificial na manhã de sexta-feira, quando ela mergulhará na atmosfera em direção a sua morte.
Se a NASA tivesse se arriscado a deixar os tanques de propulsão secarem, teria perdido o controle da missão de US$ 3.26 bilhões, deixando uma pequena chance em 1 milhão (nos próximos 50 anos), da Cassini entrar em colisão com Enceladus e a contaminar com vida terrestre.
“Por causa da proteção planetária e nosso desejo de voltar para Enceladus ou Titã, devemos proteger esses corpos para futuras explorações”, disse Jim Green, líder do programa de ciência planetária da NASA.
Isso levou a NASA a planejar o “Grand Finale” da Cassini: uma série de 22 mergulhos entre o planeta e seus anéis, com uma última órbita para destruir a sonda na sexta-feira.

Imagem obtida usando a câmera de ângulo estreito de Cassini em 16 de julho de 2017, a uma distância de cerca de 1,25 milhões de km.
As fotos ainda estão chegando na Terra e a NASA em breve vai disponibilizar para o público. Prepare-se e fique ligado em nossa página, atualizaremos quando essas fotos estiverem disponíveis. As imagens fecharão com chave de ouro essa missão extraordinária na órbita de Saturno.
A transmissão total de todas as fotos deve levar cerca de 11 horas, informou Earl Maize, um engenheiro do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA (JPL) que administra a missão Cassini. “Poderemos compartilhar com vocês na sexta-feira de manhã”, concluiu Maize. [ScienceAlert]
Divulgador científico há pelo menos 6 anos, dedica seu tempo a tornar a astronomia mais popular entre o público leigo, constantemente traduzindo, escrevendo e adaptando matérias com abordagem didática para o projeto Mistérios do Espaço. É natural da cidade de Conceição do Coité e está graduando em Comunicação Social, pela Universidade do Estado da Bahia.