A NASA está preparando uma missão de teste ambiciosa para ver se é capaz de desviar um asteroide. A agência espacial quer entender se é possível desviar essas rochas espaciais ameaçadoras de sua trajetória para evitar a aniquilação do nosso planeta e sinalizou que irá avançar com o Teste de Redirecionamento de Asteróides Duplos (DART).
O teste – previsto para ser realizado em 2024 – desmostrará se a ficção científica, como em Armageddon, é de fato uma proposição realista para defender a Terra de um impacto devastador.
“DART seria a primeira missão da NASA a demonstrar o que é conhecido como a técnica do pêndulo cinético, atingindo o asteróide para mudar sua órbita, para se defender contra um potencial impacto do asteroide no futuro”, disse Lindley Johnson, oficial de defesa planetária da NASA. “Este passo de aprovação avança o projeto em direção a um teste histórico com um pequeno asteróide não ameaçador”, concluiu ele
Anunciado logo após o Dia do Asteroides (30 de junho) – um evento anual dirigido por cientistas para aumentar a conscientização pública sobre os perigos que os objetos como asteroidees representam – a fase iniclal da missão aumentará os preparativos para interceptar um sistema binário de asteroides chamado Didymos.
O sistema fará uma aproximação com a Terra em outubro de 2022, antes de se aproximar novamente em 2024. Quando retornar em 2024, o plano é que a nave espacial DART – que é aproximadamente do tamanho de uma geladeira – colida com o asteroide menor, Didymos B.
A colisão ocorrerá a uma velocidade verdadeiramente impressionante – aproximadamente 6 km/s, ou cerca de nove vezes mais rápido do que uma bala disparada de uma arma.
Mesmo que seja reduzido apenas por uma pequena fração de sua velocidade total, esse ajuste deve ser suficiente para alterar a órbita de Didymos B em torno de Didymos A, servindo como um caso de teste valioso para demonstrar como os impactos cinéticos realmente se reproduzem no espaço.
“Uma vez que não sabemos muito sobre a estrutura ou composição interna dos asteroides, precisamos realizar esta experiência em um asteroide real”, explica Andy Cheng, do Johns Hopkins Applied Physics Laboratory. [ScienceAlert]