Um satélite de comunicações em órbita geoestacionária pode ter quebrado, embora ainda existam poucos detalhes sobre o que aconteceu exatamente.
Chamado de AMC-9, o satélite pertence ao operador de satélites SES, com sede no Luxemburgo. Ele orbita a uma altitude de 36.000 quilômetros. Lançado em 2003, ele serve para uma variedade de clientes nos EUA e no México a partir de sua posição estacionária acima do equador.
Durante o fim de semana, uma empresa chamada ExoAnalytic Solutions viu o que parece ser fragmentos do satélite depois de ele se iluminar rapidamente, aumentando os temores de que ele possa estar quebrando depois de algum tipo de explosão a bordo.
“Nós vimos várias peças surgir nos últimos dias”, disse Doug Hendrix, CEO da ExoAnalyti. “Estamos rastreando pelo menos uma das peças. Eu hesitaria em dizer que sabemos com certeza o que aconteceu”, concluiu ele.
O SES disse que não sabia qual era o estado do satélite atualmente. Em 19 de junho, eles anunciaram que uma “anomalia significativa” afetou o satélite, e a empresa começou a transferir serviços para outros satélites para minimizar a interrupção dos clientes.
Em 29 de junho, dois objetos separados foram vistos perto do AMC-9, embora atualmente não esteja claro se eles são fragmentos do satélite (embora isso pareça provável). Dois dias depois, a SES conseguiu restabelecer o contato com o satélite, e atualmente eles estão trabalhando nele. “A avaliação atual é que não há risco de colisão com outros satélites ativos”, disse a empresa em comunicado.
Abaixo você pode ver o possível pedaço do satélite começar a se separar a partir de 1:30.
Isso, claro, suscitará algumas preocupações sobre o lixo espacial em órbita. Tais incidentes são relativamente raros, mas não são inéditos. Em 2009, um satélite dos EUA e da Rússia se colidiram, liberando enormes quantidades de detritos na órbita baixa da Terra. Em 2007, a China explodiu intencionalmente um dos seus próprios satélites com um míssil, algo pelo qual eles foram fortemente criticados.
A órbita geoestacionária é uma área muito maior do que a órbita terrestre baixa, de modo que os efeitos do lixo espacial são menos graves. No entanto, ter pedaços de detritos incontroláveis flutuando não é exatamente o ideal. Além disso, nesta órbita, os detritos experimentam um pouco de arraso atmosférico, o que significa que permanecerá nesta posição no futuro previsível, a menos que encontremos uma maneira de limpá-los. [IFLS]