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Fluxo de gás está saindo da grande da mancha vermelha de Júpiter

Nos últimos dias, a comunidade de astrônomos amadores estão impressionados com novas observações: a Grande Mancha Vermelha, a enorme tempestade de Júpiter, parece estar se desfazendo.

Observadores do céu em todo o mundo relataram uma longa corrente de gás que se estende da Grande Mancha Vermelha. Observações de infravermelho feitas por Clyde Foster, da Centurion, na África do Sul, revelam uma estrutura de gás semelhante a forma de um gancho. O lfluxo parece ser aproximadamente do mesmo tamanho que a próxima grande mancha, que tem 16.350 quilômetros de largura.

O fluxo pode ser observado na imagem. (Créditos: Clyde Foster/Centurion)

Os astrônomos (profissionais e não profissionais) têm observado a gigante gasosa em muitos comprimentos de onda diferentes. Isso permite que eles vejam vários elementos e estruturas dentro das nuvens. Enquanto as observações de metano mostram o gancho estendido, as fotos em diferentes comprimentos de onda não mostram a mesma estrutura. Isso sugere que movimentos dentro da turbulenta atmosfera joviana afetam suas características de diferentes maneiras.

Nós sabemos há alguns anos que a Grande Mancha Vermelha é um sistema complexo e caótico. É a maior tempestade anticiclônica do Sistema Solar e poderia caber confortavelmente em nosso planeta dentro dela. Em 2017, observações dos Observatórios Gemini detectaram uma estrutura semelhante, mas muito menor, que se estende a oeste da tempestade. Dada a localização, o que vemos hoje pode ser a continuação do que vimos em 2017 ou ter as mesmas origens.

Observações esclarecedoras podem vir da sonda Juno da NASA atualmente em órbita do gigante gasoso, cuja principal missão é estudar as nuvens e a atmosfera superior do planeta. A sonda espacial está em uma órbita alongada ao redor de Júpiter, que a leva para perto do planeta a cada 52 dias. A próxima aproximação é dia 29 de maio e pode estar na posição correta para estudar essas mudanças.

A Grande Mancha Vermelha existe há 350 anos e está diminuindo e mudando ativamente. Agora é menos da metade da largura que costumava ser um século atrás. [IFLS]

Alexsandro Mota

Nordestino, um grande amante da astronomia e divulgador científico há quase uma década. Sou o criador do projeto Mistérios do Espaço e dedico meu tempo a tornar a astronomia mais acessível.