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EUA diz que satélite russo está agindo de forma suspeita

Os EUA expressaram preocupação de que um satélite russo esteja realizando atividades maliciosas em órbita – embora especialistas do setor tenham expressado dúvidas sobre essas alegações.

Em 14 de agosto, na Conferência das Nações Unidas sobre Desarmamento na Suíça, a Secretária de Estado Adjunto para Controle de Armas, Yleem Poblete, disse que os EUA estavam “preocupados com o que parece ser um comportamento muito anormal” de um satélite russo. Apesar da secretária não afirmar em seus comentários, o site IFLScience diz que entende que o satélite é o Kosmos-2519, lançado em 23 de junho de 2017.

Imagem ilustrativa.

Poblette disse que “as intenções russas com relação a este satélite não são claras e são obviamente um desenvolvimento muito preocupante”. Ela destacou os comentários anteriores do Comandante da Força Espacial da Rússia, que disse que eles estavam tentando adicionar novos protótipos de armas à Força Espacial Russa.

E tem havido sugestões anteriores de que o presidente russo, Vladimir Putin, pretende construir tecnologia anti-satélite. Relatórios indicaram que eles desenvolveram um míssil interceptador que poderia destruir facilmente um satélite em órbita. A Rússia respondeu aos últimos comentários de Poblete, com um delegado dizendo que as declarações eram “infundadas e caluniosas”.

Não está totalmente claro o que os EUA estão alegando que o Kosmos-2519 está fazendo. Se eles estivessem testando tecnologia anti-satélite, isso poderia ser qualquer coisa, de lasers a microondas, para impedir que satélites funcionem, ou até mesmo de fato uma rede e um arpão para capturar os objetos.

Um especialista observou que a inteligência dos EUA provavelmente possui a tecnologia necessária para ver o que o Kosmos-2519 estava fazendo. Assim, as alegações de que as atividades do satélite russo eram um mistério podem ter sido exageradas para fins políticos. [IFLS]

Alexsandro Mota

Nordestino, um grande amante da astronomia e divulgador científico há quase uma década. Sou o criador do projeto Mistérios do Espaço e dedico meu tempo a tornar a astronomia mais acessível.