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Estação espacial chinesa de 8 toneladas cairá na Terra hoje

Nesta sexta-feira, 19 de julho, a Tiangong-2 deve queimar durante uma reentrada controlada na atmosfera com vários detritos que devem cair no Oceano Pacífico Sul, em algum lugar entre a Nova Zelândia e o Chile, segundo a agência de notícias estatal chinesa Xinhua.

(Créditos: Reprodução)

O Tiangong-2, que se traduz como “palácio celestial” ou “navio celestial”, é um laboratório espacial de 10,4 metros de comprimento – semelhante, mas muito menor que a Estação Espacial Internacional (ISS). Pouco depois de ter sido lançada em setembro de 2016, foi seguido por dois astronautas que viveram lá por 30 dias, realizando numerosos experimentos sobre os efeitos fisiológicos da ausência de peso, explosões de raios gama e relógios atômicos no espaço.

Sua morte espetacular marca o fim da curta mas importante missão de 3 anos da Tiangong-2 na órbita da Terra. Embora isso possa não parecer uma longa missão para uma estação espacial, a Tiangong-2 só foi criada para servir como um protótipo temporário para testar a tecnologia da grande estação espacial modular da China que, esperançosamente, irá para o céu em 2022. A estação espacial deve rivalizar com a ISS e apoiar os objetivos de longo prazo da China para a exploração espacial, incluindo missões tripuladas à Lua e a Marte.

Enquanto a reentrada de Tiangong-2 na atmosfera da Terra é completamente planejada, sua antecessora não teve tanta sorte. Em abril de 2018, a Tiangong-1 caiu na atmosfera da Terra em uma reentrância descontrolada, tendo perdido contato com o controle de solo em 2016. Pequim realmente negou que a estação espacial estava em dificuldade por muito tempo depois que astrônomos ocidentais começaram a notar que algo estava acontecendo. Felizmente, o laboratório espacial queimou na atmosfera sobre o Pacífico, com uma quantidade muito pequena de detritos caindo em uma parte remota do mar perto do Taiti.

Ela acenderá seus propulsores e mirará no Pacífico hoje, onde queimará ao entrar na atmosfera e todas as partes que podem sobreviver provavelmente pousarão no oceano. [IFLS]

Alexsandro Mota

Nordestino, um grande amante da astronomia e divulgador científico há quase uma década. Sou o criador do projeto Mistérios do Espaço e dedico meu tempo a tornar a astronomia mais acessível.