Se você é um observador do céu, sabe que é frequente a visualização de rastros brilhantes cruzando o céu em milésimos de segundo. Esses rastros brilhantes, em sua grande maioria, são rochas minúsculas que remontam a um passado longínquo de um sistema solar muito diferente do que temos hoje. Muito conhecidas como “estrelas cadentes”, são desde pedaços de cometa a restos da formação dos planetas há bilhões de anos.
Em determinadas época do ano, a Terra passa pela órbita de determinado cometa. Esses corpos rochosos podem levar dezenas, centena ou milhares de anos para completar uma órbita ao redor do Sol – ou seja, quando a Terra passa pela órbita de um cometa, pedaços deixados para trás podem vir a entrar em nossa atmosfera e “queimar” em um incrível show visual denominado “chuva de meteoros”.
Entre os dias 05 e 06/05, acontecerá a chuva de meteoros Eta Aquáridas, um evento que pode proporcionar uma taxa de 20 meteoros visíveis a cada hora. Já recebendo em seu nome, a chuva é visível na constelação de Aquário, na direção Leste e é causada pelo famoso cometa 1P/Halley. Ela passa a ser visível no céu a partir das 01h30 (horário de Brasília) até o amanhecer. Para localizá-la facilmente, o planeta Marte estará também visível quase na mesma direção, e, possuindo um brilho caracteristicamente avermelhado, fica mais simples de vê-lo.

A observação da chuva é possível ser feita de qualquer lugar do Brasil, mas opte por locais com pouquíssima poluição luminosa. As luzes das cidades podem atrapalhar a visualização de meteoros menos luminosos. Não é necessário qualquer equipamento ótico para ver o fenômeno, já que é recomendável ter o máximo de campo de visual possível para não perder meteoros que possam surgir em outras direções no céu.
Nossa página irá transmitir ao vivo com câmera especiais da Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (BRAMON). A transmissão deverá inciar às 22h (horário de Brasília) do dia 05/05 e seguir pela madrugada do dia 06/05. Estarão disponíveis duas câmeras em Conceição do Coité, na Bahia e em Torres, no Rio Grande do Sul.
Boas observações!