Dizer que nosso Universo é um lugar grande ainda é pouco. E com avanços recentes em nossa compreensão dos efeitos da matéria escura e dos buracos negros na formação de galáxias, é surpreendentemente dinâmico. Manter o rastreamento de todo esse material requer alguma computação e uma codificação inteligente, que é exatamente o que os astrofísicos agora têm graças a este último modelo de simulação.
“Com a simulação, podemos rastrear todas as propriedades para todas essas galáxias. E não apenas como a galáxia parece agora, mas como é toda sua história de formação”, disse Shy Genel, do Centro de Astrofísica Computacional (CCA) do Instituto Flatiron.
Com mais resolução e nova física, as simulações melhoradas não só cobrem mais áreas, mas agora podem modelar com precisão os padrões de galáxias em aglomerados e como essa rede se desloca ao longo do tempo.
Mas manter o registro de um bilhão de anos-luz quadrados de material galáctico, campos magnéticos e matéria escura requer algum hardware impressionante. Então, o projeto usa o supercomputador mais rápido da Alemanha, a Hazel Hen, para estimular os números. E ainda demorou dois meses para executar os cálculos para apenas uma das simulações maiores, acumulando 500 terabytes de dados.
“Analisar esta enorme montanha de dados nos manterá ocupados nos próximos anos, e promete muitas novidades interessantes em diferentes processos astrofísicos”, diz Volker Springel, do Instituto Heidelberg de Estudos Teóricos.
O nível de precisão alcançado até agora é emocionante. Já foram publicados três artigos que descrevem o agrupamento em larga escala da matéria, ajudando-nos a entender como as galáxias se formam. [ScienceAlert]