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Asteroide de 1600 metros passará próximo a Terra neste sábado

Espera-se que um sistema de asteroides potencialmente perigoso de 1,6 km de largura passe pela Terra no fim de semana, mas as chances de causar algum dano real a nós, terráqueos, são muito pequenas. O chamado 1999 O KW4 é um sistema binário – dois objetos espaciais próximos o suficiente para orbitar um ao outro – que foi descoberto em 20 de maio de 1999 pelo projeto LINEAR (Lincoln Near-Earth Asteroid Research) no Novo México.

Observações nas últimas duas décadas marcaram o objeto próximo da Terra (NEO) como “potencialmente perigoso”, dada sua pequena chance de colidir com a Terra. Felizmente para nós, espera-se que fique a uma distância relativamente segura de cerca de 5 milhões de quilômetros. Ele viajará a cerca de 77.200 km/h, aproximando-se às 11h05min (horário de Brasília) no sábado, 25/05, e não estará tão próximo novamente até 2036. Eventualmente, seu trajetória pode levá-lo a colidir com a Terra, mas observações não indicam chances significativas de que tal evento aconteça em um momento próximo.

Imagem do asteroide binário. (Créditos: NASA)

O par de asteroides é único em suas características. O objeto principal possui uma pequena lua, aproximadamente um terço do tamanho da Terra, orbitando-o a cada 16 horas. O Observatório de Las Cumbres diz que a forma do objeto principal é “ligeiramente achatada nos pólos e com uma crista montanhosa ao redor do equador, que percorre todo o asteroide. Essa crista dá ao primário uma aparência semelhante a uma noz”.

Os astrônomos conhecem mais de 20.000 NEOs, mais de 1.800 dos quais são considerados potencialmente perigosos. Especialistas normalmente não estudam NEOs a menos que seja importante para a segurança da Terra. Como tal, os pesquisadores no início deste ano lançaram a campanha da Rede Internacional de Alerta de Asteroides (IAWN) para testar nossa capacidade de caracterizar e preparar um asteroide perigoso.

A NASA e várias agências federais, bem como várias organizações internacionais, executaram uma simulação que imitava o que aconteceria se um asteroide colidisse com a Terra, e infelizmente acabaram com a cidade de Nova York. Mas enquanto isso, é importante que as pesquisas continuem, pois os perigos lá de cima são reais e devemos ter qualquer defesa. [IFLS]

Alexsandro Mota

Nordestino, um grande amante da astronomia e divulgador científico há quase uma década. Sou o criador do projeto Mistérios do Espaço e dedico meu tempo a tornar a astronomia mais acessível.