Galáxias

14 galáxias estão se fundindo em apenas uma

Voltando bilhões de anos-luz de volta para quando o Universo tinha apenas 10% de sua idade atual, os astrônomos descobriram uma colossal colisão: 14 galáxias jovens que explodiram em uma das estruturas mais massivas do Universo.

Todas as 14 galáxias no SPT2349-56, fotografadas pelo ALMA.
Todas as 14 galáxias no SPT2349-56, fotografadas pelo ALMA.

Usando alguns dos mais poderosos telescópios em operação atualmente, uma equipe internacional de pesquisadores descobriu a concentração extremamente densa de galáxias quentes inclinando-se umas para as outras. Eventualmente, formará um aglomerado de galáxias, ligadas gravitacionalmente pela matéria escura e, finalmente, se juntando em uma galáxia gigantesca.

Esta fase da fusão é chamada de protocluster, e é uma descoberta extraordinária. “Ter achado um imenso aglomerado de galáxias em formação é espetacular”, disse Scott Chapman, astrofísico da Universidade de Dalhousie, um dos autores de um novo artigo publicado na Revista Nature. “Mas o fato de que isso está acontecendo tão cedo na história do Universo representa um desafio formidável para nossa compreensão atual do modo como as estruturas se formam no universo”, concluiu ele.

O protocluster, chamado SPT2349-56, está a 12,4 bilhões de anos-luz de distância, povoado por galáxias empoeiradas que estão formando estrelas a uma taxa furiosa – até 1.000 vezes mais rápido que a Via Láctea. No entanto, elas estão espremidas em um espaço apenas três vezes maior que toda a nossa galáxia.

SPT2349-56 foi visto pela primeira vez como uma leve mancha de luz pelo Telescópio do Polo Sul em 2010, mas não era incomum o suficiente para justificar uma investigação mais aprofundada. Foi então que os telescópios Atacama Large Millimeter Array (ALMA), do Observatório Europeu do Sul (ESO) e do Atacama Pathfinder Experiment (APEX), foram usados para fazer imagens do objeto em maior resolução, mostrando mais detalhes.

“Estas descobertas do ALMA são apenas a ponta do iceberg. Observações adicionais com o telescópio APEX mostram que o número real de galáxias em formação é provavelmente até três vezes maior”, disse o astrônomo do ESO, Carlos De Breuck. [ScienceAlert]

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