Tempestades solares trazem milhares de partículas carregadas para o nosso planeta, criando auroras espetaculares, mas também danificando satélites e eletrônicos. Os cientistas agora descobriram que essas tempestades também têm o efeito oposto – elas podem drenar a atmosfera superior da Terra e quase toda a sua carga.
A descoberta, baseia-se em observações da tempestade solar que atingiu a Terra em 19 de fevereiro de 2014. Uma rede de satélites e observatórios geomagnéticos observou um aumento de partículas carregadas como íons e elétrons acima da Groenlândia, que mostrou regiões largas completamente desprovidas de carga elétrica.
A equipe internacional de pesquisadores descobriu que essas áreas “vazias eletricamente” tinham entre 500 a 1.000 quilômetros de diâmetro e ficaram esgotadas de elétrons por vários dias após a tempestade.
“Não sabemos exatamente o que causa o esgotamento”, disse Attila Komjathy, do Jet Propulsion Laboratory da NASA.
O Sol está constantemente emitindo um fluxo de partículas eletricamente carregadas, o assim chamado vento solar. Mas às vezes há um excesso neste fluxo devido a atividades no Sol, como ejeções de massa coronal que irrompe plasma solar no espaço em velocidades incríveis.
Todas essas partículas interagem com o campo magnético da Terra. Dependendo da sua massa e velocidade, algumas são desviadas ou podem atingir a atmosfera superior e criar as auroras. Existem muitos fatores que influenciam os tipos de partículas e interações acima do nosso planeta. Entender como o Sol molda o clima espacial da Terra é crucial para garantir a segurança dos astronautas, assim como os satélites que nos mantêm conectados. [IFLS]