Júpiter é um planeta imponente e sua atmosfera é responsável por uma das dinâmicas de fluidos mais complexas do sistema solar. As tempestades terrestres são praticamente uma brisa comparadas às do gigante gasoso e, com o envio de sondas dedicadas ao estudo de Júpiter, detalhes incríveis sobre tal dinâmica são revelados constantemente. Agora, uma sonda espacial simplesmente conseguiu registrar uma luz esverdeada nas nuvens.
Júpiter é um planeta gigantesco, com cerca de 140 mil quilômetros de diâmetro, sendo maior que todos os outros planetas juntos. Portanto, a dinâmica atmosférica em Júpiter é muito mais complexa do que na Terra, devido à falta de uma superfície sólida e à alta densidade atmosférica. Essa complexidade resulta em tempestades gigantescas, como a Grande Mancha Vermelha, que dura há 400 anos.
As tempestades em Júpiter são frequentes, onde os ventos nessas tempestades podem atingir velocidades superiores a 600 km/h, muito maiores do que os de um furacão de categoria máxima na Terra. Júpiter tem sido constantemente explorado por sondas espaciais, incluindo aquelas que atravessaram sua atmosfera, permitindo a observação detalhada dos eventos atmosféricos.
Um desses eventos é a atividade elétrica na atmosfera de Júpiter, que inclui flashes e raios jovianos. Essa atividade é rara em outros planetas e ainda é cercada de mistérios. Recentemente, a NASA divulgou então uma imagem em alta resolução de um flash verde na atmosfera de Júpiter, que é a imagem mais nítida já capturada desse fenômeno.

A imagem foi capturada pela missão Juno em um vórtice próximo ao polo norte de Júpiter durante um sobrevoo em dezembro de 2020. Nessa imagem, um raio verde ilumina o céu joviano.
Ao contrário da Terra, onde os relâmpagos se originam em nuvens de água e ocorrem principalmente nas proximidades do equador, em Júpiter acredita-se que os relâmpagos sejam mais complexos e se formem em nuvens que contêm amônia e água. Essas diferenças ressaltam a diferença fascinante dos fenômenos atmosféricos entre os planetas e desafiam os cientistas a expandirem seu conhecimento sobre os relâmpagos em outros mundos além do nosso.