Os raios cósmicos de alta energia, que atingem o nosso planeta não vêm da Via Láctea – eles realmente estão vindo de outras galáxias muito distantes. A equipe conseguiu identificar a localização desses raios que têm energias um milhão de vezes maiores do que os prótons acelerados no Grande Colisor de Hádrons (LHC). Isso resolve um mistério de 100 anos.
“Os raios cósmicos de energia ultra alta são muito raros”, disse o professor Karl-Heinz Kampert da Universidade de Wuppertal, na Alemanha. “Os raios cósmicos de energia mais baixa são certamente produzidos em nossa própria galáxia. Mas há algo diferente com de o alta energia. Nenhum objeto em nossa galáxia pode produzi-los”, concluiu.
Os raios cósmicos são partículas energética que atravessam a galáxia para chegar até nós. Os raios de energia mais baixos, 100 vezes a energia dos prótons no LHC, são produzidos por estrelas comuns, enquanto de energias mais elevadas podem ser produzidas por supernovas ou outros buracos negros supermassivos. No entanto, ainda não sabemos o que causa os raios de energia ultra-alta.
Eles são conhecidos por causar alguns problemas de saúde para os astronautas, como a chance de desenvolver câncer, quebrando e mutando o DNA enquanto ionizam átomos em nossos corpos. Os astronautas podem até ver os raios cósmicos quando dormem, enquanto passam pelos olhos.
Felizmente, os raios cósmicos de energia ultra-alta são tão raros que não representam uma grande ameaça. Você provavelmente só irá interagir com um apenas uma vez na sua vida.
Não importa a energia, eles são incapazes de chegar à superfície da Terra. Mas quando eles atingem nossa atmosfera, eles produzem uma cascata de elétrons que podemos detectar e identificar onde os raios iniciais vieram.
O próximo passo é descobrir o que os está causando. No momento, não temos uma boa teoria para a sua fonte. A equipe está planejando estudar essas galáxias e tentar identificar se há algo incomum sobre elas. [IFLS]
Divulgador científico há pelo menos 6 anos, dedica seu tempo a tornar a astronomia mais popular entre o público leigo, constantemente traduzindo, escrevendo e adaptando matérias com abordagem didática para o projeto Mistérios do Espaço. É natural da cidade de Conceição do Coité e está graduando em Comunicação Social, pela Universidade do Estado da Bahia.