Estrelas

Pare tudo para ver essa imagem incrível da Nebulosa da Tarântula

Uma das regiões mais impressionantes da Grande Nuvem de Magalhães (LMC), uma companheira galáctica da Via Láctea, é a Nebulosa da Tarântula. A estrutura se estende por mais de 1.000 anos-luz, cerca de 9% de todo o LMC. O VLT Survey Telescope (VST) agora tirou a imagem mais nítida de todos os tempos.

O novo e muito detalhado conjunto de observações mostra o complexo ambiente da nebulosa e seus vizinhos. Aglomerados de estrelas, nuvens de gás incandescentes, remanescente de explosões de supernovas e tudo que compõe esse objeto celeste foram registrados pela primeira vez pelo astrônomo francês Nicolas-Louis de Lacaille em 1751.

The rich region around the Tarantula Nebula in the Large Magella

A Nebulosa da Tarântula não é apenas bonita. No seu centro, encontramos a região mais energética no grupo local de galáxias para a formação de estrelas e é também a mais brilhante. Um de seus aglomerados estelares, o NGC 2070, contém a região de explosão estelar R136, que é o local onde encontramos algumas das estrelas mais massivas e mais luminosas já observadas.

A nebulosa tem uma enorme importância astronômica. E até seus arredores se tornaram parte da história astronômica. Supernova 1987A explodiu na borda da Nebulosa da Tarântula e continua sendo a supernova mais próxima da Terra em cerca de 400 anos, desde que a supernova de Kepler foi vista explodindo em 1604.

Esta última imagem e vídeo da nebulosa foram possíveis graças às extraordinárias capacidades dos instrumentos do European Southern Observatory. O VST é equipado com uma incrível câmera de 256 megapixels e possui quatro filtros de cores diferentes, um dos quais é especialmente projetado para capturar o brilho do gás hidrogênio, tornando-o um instrumento ideal para capturar visões de nebulosas em toda a sua glória. [IFLS]

Alexsandro Mota

Nordestino, um grande amante da astronomia e divulgador científico há quase uma década. Sou o criador do projeto Mistérios do Espaço e dedico meu tempo a tornar a astronomia mais acessível.