Há muito tempo aprendemos que o Sol e Júpiter são os maiores astros do sistema solar, o que não é mentira, claro. O Sol compõe cerca de 99,8% de toda a massa do nosso sistema, e se Júpiter fosse oco, caberiam mais de 1000 Terras dentro dele. Alguns astrônomos até brincam dizendo que o sistema solar é composto de apenas o Sol, Júpiter e alguns escombros (que seriam os outros planetas).
Essa grande bola que nos fornece calor produz algo que é maior que o próprio corpo da estrela. Estamos falando da Heliosfera. Ela é uma imensa bolha magnética que forma uma espécie de atmosfera do sistema solar. E é tão grande que se estende bem além da órbita de Plutão, podendo chegar até 100 UA (considerando que 1 UA é distância Terra-Sol). O limite dessa bolha é chamado de heliopausa, que é onde termina a heliosfera e chega ao gás interestelar fora do sistema solar.
Essa estrutura gigantesca começa no núcleo do Sol, quando milhões de toneladas de hidrogênio se fundem em hélio a cada segundo. O calor resultante e outros tipos de energia então sobem em direção à superfície, trazendo consigo um punhado de partículas carregadas.
Assim como o campo magnético da Terra é de extrema importância para nós, a Heliosfera possui o mesmo peso. A bolha é um escudo de boa parte da radiação cósmica nociva vindas de galáxias distantes, quase sempre de explosões de estrelas, assim protegendo os corpos celestes dentro do sistema solar. [NASA]