Se você acorda cedo ou dorme um pouco mais tarde, deve ter percebido que dois pontos extremamente brilhantes surgem no horizonte pouco antes do amanhecer. Os dois astros nascem por volta das 3h da madrugada, e a configuração visível mostra um ponto alto e brilhante, além de um mais baixo e com menos brilho. A resposta curta para este fenômeno é que não são estrelas, como muita gente pensa. Mas há fatos interessantes por trás.
O ponto com mais brilho trata-se da popularmente chamada “estrela d’alva”, que na verdade, trata-se de Vênus. Ele é o segundo planeta na ordem do sistema solar e brilha tanto apor causa de sua atmosfera ácida altamente reflexiva. Ao longo de bilhões de anos, a atmosfera de Vênus tornou-se incrivelmente espessa, provavelmente por causa de algo conhecido como o efeito estufa descontrolado, onde sua atividade vulcânica contribuiu para essa densidade.
Tais nuvens agora que cobrem o planeta, refletem mais de 70% da luz solar que a atingem. A luz salta facilmente das nuvens, contendo ácido sulfúrico e cristais ácidos. É isso que torna o planeta tão brilhante.
O ponto menos brilhante trata-se de Júpiter, o maior planeta do sistema solar. O gigante gasoso possui um fenômeno de reflexão semelhante a Vênus, no entanto, por ser o quinto planeta na ordem do nosso sistema, Júpiter recebe menos luz solar e por isso é menos luminoso. Esse gigante é tão grande que se fosse oco caberiam mais de mil planetas Terras dentro dele.
Agora, quando você for olhar esses dois astros novamente, saberá que eles representam mundos totalmente diferentes do nosso. Nossos colegas planetários, além de serem belíssimos de observar, são incrivelmente interessantes em seus fatos.
