Se o impacto de um asteroide fosse iminente, como as agências governamentais e os cidadãos reagiriam? A humanidade já sabe o suficiente para proteger a si mesma? Estas e muitas outras perguntas serão abordadas esta semana na Conferência de Defesa Planetária de 2019. A NASA, outras agências federais e organizações internacionais estão realizando um exercício de mesa sobre o que fazer se uma rocha espacial estiver em rota de colisão com a Terra.

(Créditos: Reprodução)
O cenário fictício que ocorrerá nos próximos cinco dias começa com a (falsa) descoberta de um objeto próximo da Terra (NEO) que tem uma chance em 100 de atingir a Terra em 2027. Os participantes discutirão o reconhecimento e as possíveis missões de deflexão, bem como formas de mitigar os efeitos do impacto se o plano de deflexão não conseguir evitar a acontecimento.
Neste cenário hipotético, a NASA e outras agências espaciais ao redor do mundo terão que rastrear e aprender muito sobre o objeto. Se um impacto com a Terra é inevitável, temos que ter os dados orbitais mais precisos para prever onde ele poderá ser atingido. A colaboração entre organizações é fundamental e o exercício não é roteirizado. O objetivo é descobrir exatamente o que cada organização precisa.
“O que os gerentes de emergência querem saber é quando, onde e como um asteroide impactaria, e o tipo e a extensão dos danos que poderiam ocorrer”, disse Leviticus Lewis, da Divisão de Operações de Resposta da Agência Federal de Gerenciamento de Emergências (FEMA).
Esta é a sétima vez que a NASA está envolvida em um desses exercícios. Três aconteceram em conferências densas planetárias anteriores e três foram executados em conjunto com a FEMA. Os encontros conjuntos também incluem representantes dos Departamentos de Defesa e Estado. Cada um desses exercícios simulados fornece uma nova visão sobre como uma emergência real pode parecer.
O Departamento de Coordenação de Defesa Planetária (PDCO), da NASA, o Segmento de Conscientização Situacional Espacial da Agência Espacial Europeia e a Rede Internacional de Alerta de Asteroides (IAWN) examinaram os céus para acompanhar os perigosos NEOs. Não há razão para se preocupar ainda com qualquer impacto, mas é bom que as organizações não estejam sendo complacentes quando se trata disso. [IFLS]
Divulgador científico há pelo menos 6 anos, dedica seu tempo a tornar a astronomia mais popular entre o público leigo, constantemente traduzindo, escrevendo e adaptando matérias com abordagem didática para o projeto Mistérios do Espaço. É natural da cidade de Conceição do Coité e está graduando em Comunicação Social, pela Universidade do Estado da Bahia.