Se você olhar para a Lua através de um telescópio, poderá ver algo curioso na superfície. Os padrões brilhantes e ondulados são chamados de redemoinhos lunares, e suas origens têm sido um mistério contínuo – não menos importante, porque eles estão associados a campos magnéticos localizados e poderosos.
Agora os cientistas acham que podem ter resolvido uma parte do quebra-cabeça. Os padrões de superfície são causados por tubos de lava subterrâneos. Os “redemoinhos lunares” e seu estranho magnetismo são conhecidos há décadas. As missões Apollo 15 e 16 ajudaram a mapear fontes de magnetismo na Lua – que não tem campo magnético global.
É certamente um estranho mistério para resolver. Em regiões mais elevadas, os redemoinhos são menos entrelaçados do que com os de menor longitude, e embora todo redemoinho tenha um campo magnético, existem campos magnéticos na Lua que não possuem esses padrões.
Os mecanismos em jogo são desconhecidos, mas uma possibilidade é que os campos magnéticos ao redor dos redemoinhos desviem as partículas sopradas do vento solar. “Mas a causa desses campos magnéticos e, portanto, dos próprios redemoinhos, há muito tempo era um mistério”, disse a cientista planetária Sonia Tikoo, da Universidade Rutgers-New Brunswick.
Essas formações são o resultado de fluxos de lava de basalto, que também deixaram grandes planícies de basalto escuras por toda a superfície lunar entre 3 e 4 bilhões de anos atrás.
Mas de acordo com pesquisa publicada por Tikoo e colegas no ano passado, o campo magnético lunar persistiu por muito mais tempo do que se pensava – até 2 bilhões de anos a mais. Então sua presença poderia ter coincidido com os tais fluxos de lava. [ScienceAlert]
Divulgador científico há pelo menos 6 anos, dedica seu tempo a tornar a astronomia mais popular entre o público leigo, constantemente traduzindo, escrevendo e adaptando matérias com abordagem didática para o projeto Mistérios do Espaço. É natural da cidade de Conceição do Coité e está graduando em Comunicação Social, pela Universidade do Estado da Bahia.