Ao calcular as idades das estrelas em uma pequena galáxia chamada Grande Nuvem de Magalhães, os astrônomos encontraram um grupo de estrelas que eram muito mais jovens do que outras dentro do mesmo aglomerado. Essa é uma descoberta que está inteiramente em desacordo com um modelo estabelecido de como estes objetos realmente se formam.
“Nossos modelos de evolução estelar são baseados em como as estrelas dentro desses aglomerados se formam, ou seja, a partir do mesmo material em praticamente ao mesmo tempo”, disse o Bi-Qing For, do Centro Internacional de Pesquisa de Rádio Astronomia na Austrália Ocidental. “Se isso se revelar incorreto, como sugerem as novas descobertas, então esses modelos importantes precisarão ser revisados”, concluiu ele.
A equipe australiana está se concentrada em aglomerados de estrelas na Grande Nuvem de Magalhães para comparar as propriedades das estrelas dentro dessas agregações maciças.
Pra quem não sabe, os aglomerados de estrelas são grupos de estrelas que são unidas pela gravidade, e os modelos tradicionais dizem que todas as estrelas dentro do mesmo conjunto se formaram a partir da mesma nuvem de gás molecular.
A explicação mais óbvia até o momento é que as estrelas se formaram a partir do gás molecular que escapou para o aglomerado direto do espaço interestelar.
“Acreditamos que as estrelas mais jovens foram realmente criadas a partir da matéria ejetada de estrelas mais velhas à medida que morrem, o que significaria que descobrimos várias gerações de estrelas pertencentes ao mesmo aglomerado”, explica o pesquisador.
Caso tudo isso se prove verdade, esse seria um momento muito emocionante na ciência se tivéssemos que voltar a estudar coisas simples em um dos objetos mais comuns no Universo. E isso só mostra como o universo é imprevisível. [ScienceAlert]