A espera acabou. Finalmente, hoje, podemos revelar exclusivamente o mistério por trás da chamada “estrela da megaestrutura alienígena”. E sim, senhoras e senhores, eram alienígenas o tempo todo, e eles conseguiram uma grande megaestrutura.
Calma! Estamos apenas brincando. Bom, infelizmente, tudo indica que esse comportamento incomum da estrela não envolve seres extraterrestres. É muito mais provável que a figura do mistério neste quebra-cabeça seja um gigante de gás com anel, muito parecido com Saturno.
Para quem não lembra, a estrela de Tabby, em 2015 estava com oscilações em sua luz chamadas de “mergulhos na luz”. Isso sugeriu que uma das duas coisas estava ocorrendo. Ou um processo interno da estrela estava desencadeando um apagamento imprevisível, ou algo estava se movendo erraticamente na frente da estrela. Normalmente, o escurecimento é um sinal de que um planeta está se deslocando na linha de visão direta entre a estrela e a Terra, mas os planetas têm órbitas regulares – e esse escurecimento estava acontecendo um pouco de forma aleatória.
Quase imediatamente, os acadêmicos, a imprensa e o público começaram a sugerir uma série de hipóteses possíveis, desde o sensível (um enxame autodestrutivo de cometas) até o impossivelmente improvável (uma megaestrutura alienígena).
O número de cometas necessários para explicar o escurecimento é um número absurdamente elevado, que se pensa ser fisicamente impossível. Também não pode ser explicado como uma estrela variável – aquela cujo brilho naturalmente muda ao longo do tempo – porque as observações mostram que é uma estrela de seqüência principal estável.
Então o que está acontecendo? Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Antioquia na Colômbia disseram que eles possuem a melhor ideia para o fenômeno: é um planeta rodeado de anéis.
Usando uma série de simulações matemáticas, a equipe calculou que, se um gigante de gás anelado orbitava próximo ao planeta, isso produziria escurecimentos significativos e irregulares no brilho. A massa fragmentada de rocha, poeira e gelo se separaria primeiro do caminho da estrela, depois o próprio planeta, e depois ainda os anéis.
Isso por si só não explica o quão aleatório são os mergulhos no brilho. Os modelos da equipe revelam que, como o gigante do gás está tão perto da estrela de Tabby, a imensa foça gravitacional faria com que o planeta desviasse o tempo todo – e essa complexidade adicional explicaria completamente os estranhos padrões de luz da estrela misteriosa. [IFLS]