As crianças são frequentemente ensinadas que existem sete continentes: África, Ásia, Antártica, Austrália, Europa, América do Norte e América do Sul. Mas geólogos, geralmente olham apenas para as rochas (e tendem a ignorar os seres humanos), e por isso eles consideram a Europa e Ásia como um supercontinente – ou melhor, a Eurasia – fazendo um total de seis continentes geológicos.
Mas de acordo com um novo estudo da crosta terrestre, há um sétimo continente geológico chamado “Zelândia”, e têm estado escondido sob o nosso nariz por milênios.
Os 11 pesquisadores por trás do estudo dizem que Nova Zelândia e Nova Caledônia não são apenas cadeias de ilhas. Em vez disso, ambas fazem parte de uma única placa de 4,9 milhões de quilômetros quadrados de crosta continental que é distinta da Austrália.
O conceito de Zelândia não é novo. Na verdade, Bruce Luyendyk, um geofísico da Universidade da Califórnia lançou o termo em 1995.
Mas Luyendyk diz que nunca pensou que podia ser um novo continente. Em vez disso, o nome foi usado para descrever a Nova Zelândia, Nova Caledônia e uma coleção de peças submersas e fatias de crosta que quebraram uma região de Gondwana, um supercontinente de 200 milhões de anos.
Os pesquisadores por trás do novo estudo avançaram a ideia de Luyendyk em um enorme passo adiante: levaram décadas de evidências mais recentes e examinaram com quatro critérios que os geólogos usam para considerar um continente:
- Terra que sobe é relativamente alta do fundo do oceano;
- Uma diversidade de três tipos de rochas: ígneas (vindas de vulcões), metamórficas (alteradas pelo calor/pressão) e sedimentares (feitas pela erosão);
- Uma seção mais grossa, menos densa de crosta em comparação com o fundo do oceano;
- Limites bem definidos em torno de uma área suficientemente grande para ser considerado um continente em vez de um microcontinente ou fragmento continental.
Os autores dizem que o último item na lista, é o que outros pesquisadores tinham ignorado, embora não por culpa própria.
Luyendyk disse acreditar que a distinção não vai acabar como meramente uma curiosidade científica. Ele acha que pode ter consequências maiores do mundo real. “As implicações econômicas são claras e entram em jogo: O que faz parte da Nova Zelândia, e o que não faz parte da Nova Zelândia?”, ele disse.
Os acordos das Nações Unidas utilizam margens continentais para determinar quais países podem extrair recursos – e a Nova Zelândia pode ter dezenas de bilhões de dólares de combustíveis fósseis e minerais espreitando em suas praias. [IFLS]