Espalhados por todo o planeta, os radiotelescópios são instrumentos essenciais para vermos o universo em ondas de rádio. Esse tipo especial de telescópio é responsável por receber todo tipo de sinal proveniente do espaço: desde sinais de sondas espaciais distantes, até explosões grandiosas envolvendo fenômenos cósmicos complicados. No entanto, existe um objetivo que nenhum deles ainda cumpriu: receber sinais genuínos de uma civilização inteligente. Porém, o que poucos sabem é que existe uma pequena esperança de que isso possa acontecer em 2042.

Você sabe como um radiotelescópio funciona? Na prática, é similar a um telescópio convencional, mas difere no tipo de radiação eletromagnética que recebe. Enquanto um telescópio comum observa o espectro visível, abrangendo todas as frequências interpretáveis como luz, o radiotelescópio detecta apenas frequências com comprimentos de onda maiores, como ondas de rádio de diversas frequências.
A grande questão que cerca o ano de 2042 gira em torno das transmissões que realizamos, de vez em quando, focando para sistemas planetários potencialmente habitáveis. Muitas vezes, os sinais que nossos equipamentos diários enviam para o espaço se dissipam rapidamente e se tornaram indetectáveis a poucas distâncias, mas usando um radiotelescópio, podemos concentrar um potencial único de transmissão numa direção específica. Foi exatamente o que os astrônomos fizeram entre 2017 e 2018, quando um radiotelescópio de 32 metros na Noruega foi apontado para um sistema estelar de Luyten, focando exatamente o exoplaneta Luyten b, a 12 anos-luz de distância.
As primeiras mensagens, viajando na velocidade da luz de 300 mil km/s, devem chegar a Luyten b no dia 11 de março de 2030 e, considerando uma possível resposta, os radiotelescópios na Terra poderiam detectar em meados de 2042, já que a distância do sistema é de 12 anos-luz e a transmissão de resposta levaria todo esse tempo para chegar até aqui.
Mas será mesmo que há alguma esperança mesmo? Bom, é difícil saber. A verdade é que Luyten b não é um planeta distante e, a essa altura, já deveríamos ter capturado ruídos eletromagnéticos vindos de lá. De qualquer forma, se quisermos saber realmente, precisamos deixar as antenas ligadas em 2042 ou, quem sabe, um outro sinal que não chegue antes. A verdade é que as expectativas sempre devem estar baixas nestes casos.