O Sol têm estado bastante calmo ultimamente. Nos últimos anos, sua atividade foi relativamente fraca e pouco frequente, mas pode estar prestes a começar novamente. Em 29 de maio, foi observado ejetando seu maior surto desde outubro de 2017. Isso pode ser um sinal de que o Sol já entrou em seu novo ciclo solar e aumentará para um nível mais alto de atividade em alguns anos, como os cientistas estavam prevendo.

O Sol parece bastante consistente para nós aqui na Terra no dia a dia, mas ao longo dos anos, os astrônomos constataram que ele realmente passa por ciclos de atividade de 11 anos, com um mínimo e um máximo claramente definidos.
O mínimo solar – caracterizado por um nível mínimo de atividade de manchas solares e explosões – marca o fim de um ciclo e o início de um novo. Podemos prever amplamente quando isso vai acontecer, mas é realmente muito difícil defini-lo para menos de um período de alguns meses. O ciclo solar é baseado no campo magnético do Sol, que gira a cada 11 anos, com seus pólos magnéticos norte e sul trocando de lugar.
Não se sabe o que impulsiona esses ciclos, mas os pólos mudam quando o campo magnético do Sol está mais fraco, também conhecido como mínimo solar. Atualmente, esperamos passar do Ciclo 24 para o Ciclo 25, mas não sabemos se o mínimo solar aconteceu ou está prestes a acontecer.
Em 2017, a NASA observou que o mínimo de energia solar era esperado em 2019-2020. Em dezembro do ano passado, o Painel de Previsão do Ciclo Solar 25 da NOAA reduziu ainda mais, afirmando que “o mínimo solar entre os ciclos 24 e 25 ocorrerá em abril de 2020”.
Se o Sol começar a ficar um pouco mais turbulento, isso pode ser uma evidência esse cenário já “aconteceu”. Provavelmente ainda não saberemos por algum tempo, mas o novo surto é um passo nessa direção.
A ejeção em questão ocorreu no dia 29 de maio, às 04:24 BRT, onde plasma estava saindo de uma série de manchas solares. Essas manchas solares estão fora de vista além da borda do Sol, mas podemos ver as voltas ardentes quando elas saltam ao longo das linhas do campo magnético solar.
Constituem um flare de classe M, a segunda classificação de flare mais forte. Na verdade, são bastante leves, no que diz respeito às explosões solares, embora quando visem a Terra, possam causar apagões de rádio nas regiões polares e tempestades de radiação no espaço próximo à Terra que representam um risco para os astronautas. Eles também podem gerar os belos espetáculos de luzes aurorais em altas latitudes.
Essa labareda não estava apontada para a Terra, e, como observa a NASA, era um clarão muito pequeno da classe M, com apenas M1.1 na escala de 10 pontos, então não temos nada com que nos preocupar a esse respeito. Porém, como nenhuma explosão da classe M foi detectada por 925 dias antes desta, os cientistas estarão prestando muita atenção.
O evento pode não significar nada e o Sol pode se acalmar. Mas se aparecerem mais flares, poderemos ter a confirmação de que os pólos do Sol realizaram sua troca regular. “São necessários pelo menos seis meses de observações solares e contagem de manchas solares após um mínimo para saber quando isso ocorre”, escreveram Karen Fox e Lina Tran, da NASA em uma atualização. [ScienceAlert]