O módulo InSight, da NASA pode ter registrado seu primeiro “martemoto” – tremores sísmicos, profundos, nas inconfundíveis, no interior do planeta vermelho. A análise inicial confirmou que o tremor originou-se dentro do planeta, em oposição às influências atmosféricas, como o vento. Agora, os sismólogos estão trabalhando arduamente para descobrir o precisamente o que causou isso.
Terremotos em Marte, assim como os terremotos na Terra, podem revelar detalhes sobre o interior do planeta. A sonda InSight, que pousou em Marte em novembro do ano passado, é uma missão projetada especificamente para estudar as profundezas do planeta. É equipada com uma variedade de instrumentos para medir a temperatura, a rotação e a atividade sísmica do planeta.
A maioria dos dados coletados pelo instrumento Seismic Experiment for Interior Structure (SEIS) até o momento consistiu em ruído de fundo, mas em 6 de abril, o instrumento finalmente registrou o que a equipe estava procurando.
“Há meses esperamos por um sinal como esse”, disse Philippe Lognonné, o chefe da equipe do SEIS. “É tão emocionante finalmente ter a prova de que a Marte ainda é sismicamente ativo. Estamos ansiosos para compartilhar resultados detalhados, uma vez que tivemos a chance de analisá-los completamente”, concluiu.
As ondas de um tremor forte o suficiente podem agir na descoberta da composição do planeta. À medida que essas ondas sísmicas se propagam através de Marte, elas podem desacelerar à medida que se movem através de certos materiais, permitindo que os sismólogos deduzam a composição interior. Infelizmente, esse evento foi fraco demais para dizer aos cientistas algo sobre a estrutura do interior de Marte.
Mas isso demonstra que, mesmo que Marte não seja tectonicamente ativo, há atividade sísmica – aumentando a esperança de um tremor mais forte no futuro. Mais detecções e análises dessas detecções ajudarão a revelar mais. E agora sabemos que o SEIS funciona como pretendido – um feito tremendo de inovação técnica, dado o quão fracos são os tremores – o que significa que é a tecnologia que podemos continuar a aperfeiçoar no futuro. [ScienceAlert]
