Eventos Astronômicos

Meteoroide entra na atmosfera da Terra e sai de volta ao espaço

Traduzido e adaptado de IFLScience
Por Katy Evans

A Terra está constantemente na linha de fogo das rochas espaciais. Algumas passam perto, outras caem na atmosfera e queimam como bolas de fogo brilhantes voando pelo céu noturno. Às vezes, no entanto, alguns meteoroides são apenas visitantes breves, saltando pela atmosfera e indo de volta para o espaço. Esse tipo peculiar de meteoro é conhecido como “Earthgrazer” e é raro pegar um no ato.

(Créditos: Rede Global de Meteoros)

O pequeno meteoroide foi registrado pela Rede Global de Meteoros nas primeiras horas da manhã de 22 de setembro, acima do norte da Alemanha e da Holanda. De acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA), chegou a 91 quilômetros de altitude – muito mais baixo do que os satélites em órbita entre 160 e 2.000 quilômetros – antes de retornar ao espaço.

Os Earthgrazers ocorrem apenas algumas vezes por ano, em comparação com os milhares de meteoros que vemos ou que chegam ao solo. Então, qual é a diferença entre um meteoroide, meteoro e meteorito? Um meteoroide é um fragmento de rocha espacial – um cometa ou asteroide – que se torna um meteoro (estrela cadente) quando arde em nossa atmosfera e se desintegra, cujos pedaços só se transformam em meteoritos se pousarem no solo.

Este não ficou baixo o suficiente para queimar completamente, conseguindo de alguma forma escapar de volta para o espaço. Ele entrou na atmosfera às 3:53 UTC em 22 de setembro viajando a 34,1 km/s, de acordo com Dennis Vida, que lidera a Rede Global de Meteoros.

Então, como um meteoroide “salta” na atmosfera da Terra em vez de ser sugado? Primeiro, ele precisa entrar na atmosfera em um ângulo raso, como uma pedra deslizando na água. Ele também deve manter sua velocidade para poder escapar da gravidade da Terra. A velocidade de escape da Terra é 11,2 km/s, mas neste caso o meteoroide estava confortavelmente mais rápido.

Alexsandro Mota

Nordestino, um grande amante da astronomia e divulgador científico há quase uma década. Sou o criador do projeto Mistérios do Espaço e dedico meu tempo a tornar a astronomia mais acessível.