Astrônomos da Universidade de Warwick descobriram um exoplaneta que eles estão chamando de NGTS-10b. Este mundo tem o menor período orbital de qualquer exoplaneta conhecido, completando uma translação em torno de sua estrela em apenas 18 horas.

O NGTS-10b está localizado em um sistema estelar a cerca de 100 anos-luz da Terra. O planeta é cerca de 20% maior que Júpiter e mais que o dobro da massa. A estrela tem um raio de 70% do nosso Sol e é cerca de 1.000 °C mais fria. No entanto, o planeta está orbitando tão perto da estrela que provavelmente será destruído por ela um dia. A descoberta, relatada na Royal Astronomical Society, foi possível graças ao Next-Generation Transit Survey (NGTS).
“Estamos empolgados em anunciar a descoberta do NGTS-10b, com um período orbital extremamente curto do tamanho de Júpiter, orbitando uma estrela não muito diferente do nosso Sol. Também estamos satisfeitos que o NGTS continue a ultrapassar os limites da ciência de exoplanetas em trânsito através da descoberta de classes raras de exoplanetas”, afirmou James McCormac, principal autor do estudo em comunicado.
“Embora, em teoria, os Júpiteres quentes com períodos orbitais curtos (menos de 24 horas) sejam os mais fáceis de detectar devido ao seu grande tamanho e trânsitos frequentes, eles provaram ser extremamente raros. Das centenas de Júpiteres quentes atualmente conhecidos, apenas sete têm um período orbital inferior a um dia”, ressaltou.
Gigantes gasosos como esses não se formam perto de sua estrela, acredita-se que eles se mudam para lá no início do processo de formação do sistema devido a interações gravitacionais ou são empurrados para frente devido a interações com outros planetas. Observações futuras podem revelar qual é o caso do NGTS-10.
Os pesquisadores planejam observar esse mundo distante com instrumentos de alta precisão para rastrear até pequenas mudanças em sua órbita. “Nos próximos dez anos, é possível ver esse planeta sendo “sugado”. Poderemos usar o NGTS para monitorar isso ao longo de uma década. Se pudéssemos ver o período orbital começar a diminuir e o planeta começar a espiralar em direção a estrela, isso nos diria muito sobre a estrutura do planeta que ainda não conhecemos”, concluiu o co-autor do estudo, Dr. Bayliss.
Traduzido e adaptado de IFLScience
Por Alfredo Carpineti