Estrelas

5 coisas que você não sabia sobre a Constelação de Órion

A Constelação de Órion faz parte do céu de verão do hemisfério sul, e é uma constelação muito marcante quase todas as noites. Facilmente visível por seu formato no céu, é o lar do conhecido “Cinturão de Órion”, chamado popularmente no Brasil como “As Três Marias”. Órion é também conhecido como o Caçador, como é associado a um na mitologia grega. Ele representa o caçador mítico, que é frequentemente retratado em mapas estelares como enfrentando Touro (também uma constelação próxima), perseguindo as irmãs Plêiades, representadas pelo famoso aglomerado aberto.

A mitologia por trás da constelação possui grandes histórias, mas e se focarmos em algo além disso? É isso que iremos fazer nesta matéria, ao listar 5 curiosidades que provavelmente você não sabia sobre a Constelação de Órion.

1 – É o lar de vários objetos do espaço profundo

A constelação possui vários objetos do espaço profundo em seu plano visual, tais como a Nebulosa de Órion (visível a olho nu), a Nebulosa de Chama e a Nebulosa Cabeça de Cavalo. A primeira nebulosa está localizada a 1.500 anos-luz da Terra e é uma região ativa de formação estelar, isso é, uma lugar onde constantemente novas estrelas se formam. Em noites bastantes escuras, essa nebulosa consegue ser vista sem auxílio de equipamentos astronômicos.

2 – A constelação só existe em direções específicas

Apesar de parecem estar próximas umas das outras, as estrelas de Órion estão muito distantes entre elas. Na região em que a Terra está localizada a partir da posição das estrelas da constelação, elas formam a configuração que vemos todas as noites. No entanto, se você se movesse para outra região de Via Láctea, a constelação mudaria de forma devido a posição que seus olhos estariam vendo as estrelas.

3 – As principais estrelas

As principais estrelas de Órion são Rigel (862 anos-luz da Terra), Betelgeuse (600 anos-luz da Terra), Bellatrix (252 anos-luz da Terra) e Saiph (647 anos-luz da Terra). As do cinturão são Mintaka (916 anos-luz da Terra), Alnilam (1.976 anos-luz da Terra) e Alnitak (818 anos-luz da Terra). Betelgeuse, em especial, é uma supernova em potencial – isso é, os cientistas acreditam que ela possa chegar ao fim de sua vida em breve.

4 – Radiante de uma chuva de meteoros

As Orionídeas são visíveis no final de outubro e seu radiante (local onde os meteoros parecem sair) é Órion – daí vêm o nome da chuva. Esse chuveiro é causado pelo famoso cometa Halley e sua taxa é de 23 meteoros por hora.

5 – Área do céu

A Constelação de Órion ocupa uma área de 594 graus quadrados na esfera celeste, e ainda assim corresponde a somente 1,4% de todo o céu noturno. Por isso, é considerada a vigésima sexta maior constelação em área.

A mais bela constelação que temos no céu não é só incrível visualmente, mas também em outros fatos. Agora, quando você for ver Órion novamente, lembre-se destas curiosidades e veja a constelação com outros olhos.

Mais informações sobre a constelação em Constellation Guide.

Alexsandro Mota

Nordestino, um grande amante da astronomia e divulgador científico há quase uma década. Sou o criador do projeto Mistérios do Espaço e dedico meu tempo a tornar a astronomia mais acessível.